ARACAJU EM PERSPECTIVA – Em pleno inverno de 2020, envolvidos numa pandemia de coronavírus, com diversas interpretações (tal como a música “Turbilhão de sensações”, interpretada pela cantora Paula Fernandes, tudo passa a ser “lembrança do passado”), é possível constatar que a capital do sergipanos, Aracaju, permanece firme.
O Olhar ARACAJU EM PERSPECTIVA é refletir a realidade, sem entrar em paixões, e sem dúvida um belo desafio sociológico. Sem deixar de lado a profunda desigualdade social e econômica da menor capital do nordeste. Também sem cair na cultura numérica, que transforma tudo em número e reduz o dia a dia das pessoas em estatísticas de fluxo de planilha (por exemplo, os números da Covid-19). A realidade sempre vai além do que a gente vê. A realidade é vida vivida. Aracaju e os aracajuanos ensinam a Sergipe e ao mundo que é possível vencer desafios, continuar lutando e projetar vitórias.
Para além de um slogan momentâneo, “humana, inteligente e criativa” reflete bem a Aracaju construída nestes últimos 30 anos. Uma cidade diversificada e inclusiva. Uma cidade que construiu um forte equipamento social agregador de todos os sergipanos, até de baianos, alagoanos e pessoas de todo o mundo.
O processo de desenvolvimento de uma cidade provinciana, com profundo vínculo interiorano, em uma moderna capital que se atualiza a cada instante é, sem dúvida, o diferencial de Aracaju. A perspectiva de processo é fundamental para analisar o passado, compreender o presente e projetar o futuro.
Independente de críticas e interpretações é inegável a solidez resiliente de Aracaju em superar crises. Por exemplo, o governo atual de Edvaldo Nogueira começa dentro de uma profunda crise econômica, em 2017, e termina, em 2020, dentro de uma profunda crise econômica e de saúde. É importante salientar que os reflexos tardios da crise mundial de 2008, principalmente no complexo de petróleo, fragilizou um dos mais habilidosos políticos brasileiros, o ex-governador João Alves, então prefeito da capital, que esteve no centro da crise nos anos de 2015/2016. Mesmo assim, a capital sergipana continua estável e avançando em sua infraestrutura e seus equipamentos sociais.
As perspectivas nunca pareceram tão desfavoráveis. De forma extraordinária, contrariando a lógica, foi possível construir consensos políticos e estabelecer prioridades agregadoras que minimizaram as perdas. Com uma forte aproximação entre política e pensamento científico, principalmente com as universidades (que fortalece o combate à covid-19 e consolida uma parceria fundamental para o século XXI, que é a produção de inovação através da educação). Com isso, o aracajuano continua no desafio de superação das desigualdades e projetando criativamente o futuro pós-pandemia.
Por: Horimo Medeiros / Graduação em Ciências Sociais – Bacharelado (UFS-2005). Graduação em Ciências Sociais – Licenciatura (UFS-2007) e Mestrado em Sociologia (UFS-2009).
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